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livro | que chita bacana

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O livro escrito por Renata Mellão, fundadora do Museu A CASA do Objeto Brasileiro, e pelo designer Renato Imbroisi, conta a história da popularidade do tecido de chita no Brasil.

Pode apostar: toda casa brasileira teve ou terá uma chita que conta uma história – seja ela uma toalha que forra a mesa da tarde de almoço, uma saia esvoaçante em noite de festa junina ou um pedaço de tecido costurado ao lado de outros enfeitando uma almofada cheia de retalhos e memórias. 

 

Com cara de festa do interior e brincadeira de criança, a chita é um desses objetos que permeia o imaginário brasileiro. Agora, o tecido ganha um espaço só seu, tendo sua história de tradição eternizada em palavras no livro Que Chita Bacana, assinado por Renata Mellão, fundadora do Museu A CASA do Objeto Brasileiro, e pelo designer Renato Imbroisi.

O livro é uma espécie de dossiê e homenagem ao tecido que carrega a trajetória da alma brasileira. De tempos em tempos, a chita ganha espaço em passarelas, galerias de arte, vitrines e palcos, quando estilistas, artistas plásticos, designers e outros criadores redescobrem estas estampas e as incorporam a suas produções.

uma nova realidade

Antes do projeto de distribuição de água, a seca típica do semiárido obrigava as famílias a caminharem até 6 horas por dia em busca desse insumo. Com água limpa chegando em cada casa das comunidades, a realidade dos moradores começou a mudar e eles puderam dedicar seu tempo a atividades que geram renda, como o artesanato.

 

“Primeiro, levamos água limpa e agora queremos ajudá-los a criar empregos, renda e a preservar a cultura nativa do trabalho com a carnaúba. A exposição é um exemplo do que é possível conquistar quando as pessoas têm o básico”, comemora Carla Crippa, diretora de sustentabilidade da Cervejaria Ambev e uma das idealizadoras de AMA.

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A parceria com o Museu A CASA foi importante para fomentar o artesanato típico do semiárido e garantir um valor agregado maior para as peças vendidas. Desde que foi criado, em 1997, A CASA promove o artesanato brasileiro com exposições e ações em diferentes comunidades, compartilha conhecimento e, principalmente, valoriza a diversidade de técnicas tradicionais encontradas em cada região do país. 

 

Para estabelecer uma relação entre o artesanato e o design, A CASA trabalhou junto com o designer Renato Imbroisi, que assina a curadoria do projeto. Na visão de Renata Mellão, fundadora do Museu A CASA, o resultado foi rápido e muito além do imaginado. "O  que mais me surpreendeu nesse projeto foi o envolvimento da comunidade e o potencial de transformação local que pudemos proporcionar a eles”, afirma. 

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A chita fez fama em solo brasileiro, mas possui ancestrais ilustres: surgiu na Índia medieval e conquistou europeus, num domínio invertido à colonização; seu nome vem do sânscrito e atravessa idiomas, assim como o tecido transpôs mares, povos e culturas para virar um tecido popular pelos cantos do Brasil. 

 

Passado, presente, trabalho, castigo, festa, criação, arte, infância, malícia e uma alegria descarada se combinam nas cores e misturas descontroladas das estampas, que vestiram camponeses, tropicalistas, personagens de literatura, teatro, novela e cinema, sem perder a inocência.

Que Chita Bacana é lançado com tiragem de três mil exemplares e traz mais de 200 imagens, com reportagem e texto de Maria Emilia Kubrusly, pesquisa têxtil de Liana Bloisi e pesquisa socioeconômica de Ana Luisa Martins. 

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